MAGIA BRANCA
CONCEITOS DE MAGIA, ESOTERISMO,
ESPIRITUALISMO
Os conceitos de
Magia, Esoterismo, Espiritualismo etc., sempre estiveram ligados à Humanidade
ao longo da história. As doutrinas esotéricas não eram motivo de estudos de
ignorantes, supersticiosos e medrosos, como quer que se acredite e aceite na
atualidade, mas por uma “nobreza” que tem mantido a chama de um Conhecimento
Superior. É essa mesma Tocha do supremo conhecimento espiritual a que sempre
foi barreira contra a ignorância, as trevas, o caos, a intolerância.
A própria definição
de Magia expressa bem sua verdadeira finalidade. Do persa Magh, que significa
Sábio, essa palavra originou outras, como Magister, Magistério e Magnum.
Portanto, Magia vem significar, basicamente, a sabedoria de todo o conhecimento
que capacita o homem a desvendar e dominar o Universo, a Natureza e a si
próprio.
Outro termo para
Magia é a aplicação da Consciência e da Vontade sobre todas as forças da
Natureza, não só as físicas, tridimensionais, mas aquelas que estão fora da
esfera de nossos cinco sentidos. Em síntese, é a aplicação da ciência e da
vontade sobre as diversas manifestações da vida. É a Ciência Total…
Origens Fantásticas da Magia
Em seu livro
apócrifo, o profeta Enoch nos fala sobre as origens de muitos ramos do conhecimento:
“Quando os filhos dos homens se multiplicaram naqueles dias, aconteceu que lhes
nasceram filhas elegantes e belas”.
E quando os Anjos,
os Filhos dos Céus, as viram, ficaram apaixonados por elas… “E escolheram cada
qual uma mulher; e delas se aproximaram e coabitaram com elas; e lhes ensinaram
a feitiçaria, os encantamentos e as propriedades das raízes e das árvores.
E continua Enoch,
afirmando que os Anjos caídos, ainda com bastante Conhecimento, ensinaram a
arte de resolver os sortilégios, observar as estrelas, os caracteres mágicos,
os movimentos da Lua, a arte de interpretar os signos, confeccionar talismãs
etc. (Vide Livro de Enoch, cap. 8). Que época
é essa, citada por Enoch?
Em sua portentosa
obra O Timeu, Platão nos comenta que ouvira falar de uma legendária e poderosa
civilização, a atlante, da boca de seu avô Crisitos, o qual ouvira do próprio
Sólon ensinamentos dados a ele por sacerdotes-magos do templo egípcio de Saís.
Segundo nos repassa
Platão, essa civilização, a Atlântida, foi um conjunto de sete gigantescas
ilhas que ficavam além das Colunas de Hércules, quer dizer, no Oceano
Atlântico. Para o sábio discípulo de Sócrates, a origem de todo o conhecimento
espiritual e mágico foi atlante. Numa passagem do Timeu, lê-se: “Os
atlantes eram uma raça de Deuses que degenerou da sua origem celeste porque se
aliou frequentemente com as filhas dos mortais; por isso, Júpiter os puniu,
destruindo o país que habitavam”.
Ou seja, a origem de
todo o Conhecimento remonta à Atlântida, aos arcaicos períodos de nossa
história, em nada aceitos pela ciência materialista de hoje. Temos como fiéis 4
depositários dos atlantes os egípcios (os quais, por meio dos gregos e depois
dos árabes, foram a base de toda a magia ocidental). Temos também como filhos
dessa tradi-ção esotérica atlante os indianos e chineses, pelo lado
oriental, e os maias, incas e astecas, nas Américas.
Estudando-se as
raízes linguísticas de muitos povos que oficialmente nada têm em comum,
percebemos muitas palavras semelhantes, senão, idênticas. Temos como exemplo o
maia e o chinês mandarim, onde foram achadas mais de 50 palavras de pronúncia e
significado idênticos.
A Magia no Oriente
O Yoga indiano e
suas sete modalidades e as artes marciais têm algo em comum, que é atlante.
Eram considerados como disciplinas que permitiam dominar o corpo físico e seus
canais de energia para um pleno reconhecimento e manipulação da Alma. Os sete
Yogas são: Hatha (físico), Raja (mecanismos mentais), Mantra (palavras de poder),
Bhakti (devoção e serenidade), Jnana (conhecimento superior-gnose), Karma
(direitos e deveres sociais e morais) e Tantra (o mais elevado de todos).
O termo Yoga é o
mesmo que religião, religare, ou seja, a arte de recriar aquele elo entre o
humano e o divino, em todos os seus aspectos. Quanto às tradições marciais,
sabe-se que elas foram recompiladas e reorganizadas por Bodydharma, um dos
principais discípulos de Buda, que “evangelizou” a China. O Kung Fu, que
originou as múltiplas técnicas marciais, tinha como finalidade dominar e
movimentar as energias interiores e elementais, além, é claro, da mera defesa
pessoal.
Segundo certas
tradições, algumas das linhas marciais, organizadas por Bodydharma, foram: os
caminhos do Dragão, da Serpente, do Macaco, da Águia, do Bêbado etc. (há mais
de 360 caminhos no Kung Fu), muito semelhantes às Ordens guerreiras das
culturas americanas, como veremos logo em seguida. Além disso tudo vemos a
magia e o conhecimento esotérico inseridos em outros ciclos, encabeçados por
Fo-Hi e Lao-Tzu na China, Son-Mon e o Xintoísmo no Japão, Kumbu na Tailândia e
Camboja, o Xamanismo original ao norte da Ásia e o Budismo tântrico tibetano de
Marpa, Tsong-Kapa, Milarepa e outros.
A Magia nas Américas
Vemos algumas Ordens
monástico-militares que se dedicaram ao pleno desenvolvimento das artes mágicas
e de todos os poderes humanos e di-vinos. Entre os astecas e maias, temos os
Cavaleiros Tigres e os Cavaleiros Águias (cujo lema mágico era “Nós nos
Dominamos”) e entre os incas sabemos da presença dos sagrados Cavaleiros
Condores. Esses sacerdotes índios nos legaram práticas misteriosas e
fantásticas, tais como a Magia Elemental, o Nagua-lismo (estudaremos esse tema
mais adiante), o domínio da psico-logia interior etc.
As tradições
orientais e americanas são muito complexas e de difícil com-preensão e
aprendizagem. Não obstante, os princípios de suas Ciências Má-gicas eram os
mesmos, somente o modo de expressá-los é que difere.
Plantas de Poder
Esse é um tema
bastante espinhoso, dadas as suas implicações legais e morais nos dias de hoje,
além da espantosa proliferação e mau uso, pela juventude, de alguns produtos
sintetizados. Sob circunstâncias rigorosamente controladas, os Magos de todo o
mundo, principalmente americanos, aceleravam o desenvolvimento dos poderes
paranormais de seus discípulos, a fim de fazê-lo reconhecer o Mundo Oculto.
Essas Plantas de Poder têm a capa-cidade de alterar o sistema endócrino,
ativando assim todos os Cha-cras da Anatomia Oculta do Homem,
despertando seus sentidos paranormais.
Certas ervas,
raízes, cogumelos, cipós etc., possuem um poder Elemental e bioquímico capazes
de mostrar um mundo totalmente novo aos olhos de nossa Consciência. Esse foi um
legado da Magia primitiva, infelizmente adulterado na atualidade.
A Magia no Ocidente
Um dos maiores
depositários da sabedoria egípcio-atlante foi certamente Hermes Trismegisto. Certas tradições
gnósticas dizem que Metraton, Enoch, Íbis de Toth e o próprio Hermes eram o
mesmo Mestre, o mesmo Ser. Atribui-se a Enoch a criação dos alfabetos egípcio e
hebraico, A Tábua de Esmeralda e a organi-zação e codificação da Alquimia. Foi o
fiel depositário da tradição espiritual no Tarô e na Cabala (Torá), além de ser o organizador dos Axiomas Herméticos.
Os egípcios
conseguiram fecundar maravilhosamente a magia e as religiões dos hebreus,
gregos, romanos e árabes. Com a posterior decadência, o Egito entregou seu
conhecimento às correntes esotéricas dos árabes, deno-minadas de Sufismo. A expansão do islamismo por todo o Oriente, norte
da África e depois pela Península Ibérica, leva a uma revalorização do esoterismo
europeu.
A maioria dos sábios
e ordens esotéricas na Europa bebeu da fonte súfi: os Templários, Cátaros,
Rosa-cruzes, Maçons, Dante Alighieri, Roger Bacon, Francisco de Assis, São
Malaquias, Paracelso, Arnaldo de Villanueva etc.
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