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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Os elementos

Os Elementos

Tudo o que já foi criado veio a este plano através dos efeitos dos elementos. Isso se aplica tanto ao macrocosmo quanto ao microcosmo, os grandes e pequenos mundos. Entretanto, eu vou lidar com essas energias no começo da iniciação e mostrar particularmente sua profunda importância e seu múltiplo significado. Até agora, muito pouco tem sido dito na literatura oculta sobre a energia dos elementos. Por essa razão, tornei minha responsabilidade tratar desse assunto pouco explicado e erguer os véus que encobrem suas leis. Naturalmente, é uma tarefa difícil iluminar o não iniciado para que eles não só se tornem conscientes da existência e da atividade dos elementos, mas que também possam se tornar capazes de trabalhar na prática com essas energias no futuro.
Todo o universo pode ser comparado a um mecanismo de relógio com engrenagens que se juntam e são interdependentes. Até mesmo o conceito da deidade como o ser compreensível mais elevado pode ser categorizado em aspectos análogos aos elementos. Falaremos mais sobre isso no capítulo sobre Deus.
Nas mais antigas escrituras orientais, os elementos são chamados de tattwas. Na literatura européia, só prestamos atenção neles quando seus bons efeitos são mostrados e quando somos avisados de suas influências desfavoráveis. Em outras palavras, sob as influências dos tattwas, certas ações podem ser realizadas e outras não. Não deve haver dúvidas sobre a autenticidade deste fato. Mas tudo o que foi publicado até agora mostra apenas um aspecto limitado dos efeitos dos elementos, que podem ser encontrados facilmente em livros de astrologia.
Entretanto, eu vou penetrar mais fundo no segredo dos elementos. Por isso, eu escolhi uma outra chave, uma que é análoga à chave astrológica, mas que na verdade não tem nada a ver com ela. Vou mostrar como utilizar essa chave nas mais diversas maneiras, as quais são desconhecidas para o leitor, até agora. Nos próximos capítulos, vou lidar em sequência e com detalhes com as funções, analogias e efeitos dos elementos. Não apenas a teoria será revelada, mas daremos atenção também à prática, pois é aqui que você encontrará o maior arcano.
Mesmo no Tarot, o mais antigo livro da sabedoria, esse grande mistério dos elementos é lembrado por ter como representação da primeira carta a figura do Mago, que enfatiza o conhecimento e controle dos elementos. Nessa primeira lâmina, a espada simboliza o elemento Fogo, a varinha, o elemento Ar, a taça, o elemento Água e as moedas, o elemento Terra. Aqui, é óbvio que os antigos mistérios escolheram o Mago como a primeira carta do Tarot e, consequentemente, escolheram o controle dos elementos como primeira ação da iniciação. Em honra a essa tradição, vou devotar a maior atenção aos elementos, acima de tudo. Mais adiante, ficará evidente que a chave para os elementos é um remédio universal com os quais todos os problemas podem ser resolvidos.
A sequência dos tattwas, de acordo com o sistema hindu, é o seguinte:

Akasha – Princípio do Éter
Tejas – Princípio do Fogo
Vayu – Princípio do Ar
Apas – Princípio da Água
Prithiivi – Princípio da Terra

De acordo com a doutrina hindu, os quatro tattwas mais densos se formaram a partir do quinto tattwa, o princípio akáshico (ou o Akasha). Assim, o Akasha é o princípio causal e, como a quinta energia, é também conhecido como a quintessência. No capítulo apropriado, falarei mais detalhes sobre o Akasha, o mais sutil dos elementos. Também falarei dos atributos de cada elemento, indo do mais alto plano até a matéria física mais densa. Neste momento, o leitor já deve ter percebido que não é tarefa fácil analisar o grande mistério da criação e encontrar as palavras certas capazes de fazer alguém penetrar nesse assunto e formar uma imagem dele.
A análise dos elementos é discutida em maiores detalhes e seu valor prático é enfatizado, de forma que qualquer cientista, seja ele um químico, um físico, um hipnotizador, um ocultista, um mago, um místico, um cabalista, um yogui, ou o que quer que seja, poderá extrair disso seus benefícios práticos. O propósito deste livro terá sido alcançado se eu tiver sucesso em ensinar ao leitor como penetrar neste assunto ao menos até o ponto onde ele seja capaz de usar a chave prática para o campo de conhecimento que interessa a ele.

O Princípio do Fogo

Já mencionamos que o Akasha ou princípio Etérico, é a causa da formação dos elementos. De acordo com as escrituras orientais, o primeiro elemento a vir do Akasha é Tejas, o princípio do Fogo. Este elemento, assim como os outros, age não apenas no nosso plano físico, mas em tudo que foi criado. Os atributos fundamentais do princípio do Fogo são calor e expansão. É por isso que, no início de qualquer criação, há Fogo e Luz. Até a Bíblia começa com as palavras “Fiat Lux – que se faça a luz.”
A Luz, naturalmente, tem no Fogo a sua fundação. Todos os elementos, incluindo o Fogo, possuem duas polaridades, chamadas ativa e passiva ou plus e minus. A ativa é sempre construtiva, criativa e geradora, enquanto que a passiva é desagregadora e destruidora. Quando falamos de um elemento, devemos sempre falar de seus dois atributos fundamentais.
A religião tem sempre atribuído o bem à parte ativa e o mal à parte passiva. Fundamentalmente, entretanto, não há bom nem mau. Isso é baseado em conceitos humanos. Para o Universo, não existe bom nem mau, porque tudo foi criado de acordo com leis imutáveis. Os princípios divinos são refletidos nessas leis, e apenas conhecendo essas leis é possível se aproximar do divino.
Como mencionado antes, a expansão é inerente ao princípio do Fogo. A fim de obter uma melhor ideia deste princípio, vamos chamá-lo de fluido elétrico. Mais tarde, descobriremos a razão para a analogia entre o fluido elétrico e a eletricidade física. O princípio elemental do Fogo é ativo e latente em tudo que foi criado em todo o universo, do menor grão de areia ao mais elevado ser visível ou invisível.

O Princípio da Água

No capítulo anterior, tomamos conhecimento da criação e das características do elemento positivo Fogo. Nesse capítulo, vamos descrever o princípio oposto, o princípio da Água. Assim como o Fogo, esse princípio também veio do Akasha, o princípio etérico. Em comparação com o Fogo, ela tem atributos totalmente opostos, sendo suas propriedades fundamentais o frio e a retração. Aqui também lidamos com dois pólos ou polaridades: o pólo positivo é construtor, doador de vida, nutriente e preservador, enquanto o pólo negativo, assim como o Fogo, é decompositor, fermentador, desagregador e dissipador. Uma vez que o atributo fundamental deste elemento é a retração, ele originou o fluido magnético. Fogo, assim como a Água, é ativo em todas as regiões. De acordo com a lei da criação, o princípio do Fogo não pode existir sem conter em si um pólo oposto, que é o princípio da Água. Esses são os dois elementos fundamentais com os quais tudo é criado. Consequentemente, nós temos que contar em todos os lugares com esses dois elementos principais, e com os fluidos elétrico e magnético, assim como suas polaridades opostas.


O Princípio do Ar

Outro elemento que se originou do Akasha é o Ar. Iniciados não consideram este um elemento verdadeiro. Ao invés disso, eles lhe dão o lugar de mediador entre os princípios do Fogo e da Água, que o Ar estabiliza, com um equilíbrio neutro entre os princípios ativo e passivo do Fogo e da Água. Toda vida criada foi colocada em movimento através da ação recíproca das polaridades ativa e passiva dos elementos do Fogo e da Água.
Na sua posição de mediador, o princípio do Ar adquiriu do Fogo o atributo do calor e da Água o atributo da umidade. A vida não seria possível sem esses dois atributos, que também dão ao Ar duas polaridades: em seu efeito positivo é a polaridade doadora de vida e no efeito negativo, a polaridade destruidora.
Eu deveria acrescentar a isso que os elementos citados não são o fogo, água e ar comuns, que são apenas aspectos do plano material ou físico. Ao invés disso, estamos lidando aqui somente com os atributos universais dos elementos.

O Princípio da Terra

Nós dissemos que o princípio do Ar não representa verdadeiramente um elemento. O mesmo se aplica ao princípio da Terra. Isso significa que, da ação integrada dos três elementos citados, a Terra formou-se por último e, com seu atributo específico de solidificação, contém os outros três elementos. Esta característica de solidificação também deu aos outros elementos uma forma concreta. Ao mesmo tempo, as atividades desses três elementos foram limitadas e, como resultado, espaço, dimensão, peso e tempo passaram a existir. A ação recíproca dos três elementos junto com o elemento Terra se tornou quadripolar. O fluido na polaridade do elemento Terra é eletromagnético. Uma vez que todos os elementos são ativos no quarto elemento, Terra, toda vida criada pode ser explicada. Através da materialização deste elemento que surgiu o Fiat, o “Faça-se”.
Detalhes dos efeitos específicos dos elementos nas várias esferas e reinos, como o reino da natureza, o reino animal, o reino humano, etc..., serão dados mais adiante. O mais importante neste momento é que o leitor tenha uma ideia geral dos efeitos das características dos elementos em todo o universo.

Fonte:- Arsenal Gnóstico

Um comentário:

  1. Olá mestre cá está o filme do Arn - O último templário. Está em espanhol.
    Namastê

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